Estranho Parque

No meu último dia em Paris escolhi mais um dos lugares que queria ter conhecido na minha última visita: Parc de La Villette.

Cheguei cedo, por volta de uma 9hs da manhã.

A estação de metro dava a sensação de abandono. Senti como se estivesse numa periferia, numa área marginalizada.

Na superfície, um grande pátio de concreto cercado por um prédio que mais parecia um aglomerado de gaiolas, separava a sombria estação da entrada do parque.

O parque é um complexo. Para se chegar no parque propriamente dito era preciso passar por dentro de um robusto prédio, como um caixote horizontal, onde exposições sobre ciência estão em cartaz, especialmente voltadas para o público infanto-juvenil.

Tendo já atravessado o pavilhão vejo a grande esfera espelhada.

Desço as escadas para me aproximar dela.

Ela toca música, sabia? Eu também não!

Não se era porque o dia estava cinza mas o parque me deixou melancólica.

Existe um canal que passa pelo parque. O canal parece estar por um triz de transbordar.

Quando me aproximei dele levei um susto. Um barco estava passando. Um barco! Ou era um submarino? Juro que parecia ser um submarino. Eu já estava incrédula de ver um barco passando por um canal que pensei ser meramente decorativo. Logo não sei se fico a vontade de achar mesmo que era um submarino. O parque me deixou um pouco desconsertada.

Apesar de ter visto algumas familias passeando pelo parque eu não me senti segura.

Fui “meio que” seguida por uma figura nada agradável que veio me importunar quando me dirigia para o Cabaret Sauvage. Fiquei tensa, fechei a cara, me fiz de destemida e procurei andar até uma área com mais pessoas e, do nada, dei meia volta. Ele seguiu reto. Claro! O que ele iria fazer? Dar meia volta na frente das pessoas e voltar a me seguir?! Não, né?Então pode continuar meu passeio. Passei só mais uns 10 minutos lá, porque depois dessa, eu só queria mesmo era sair dali.